Multinacional farmacêutica Eurofama doou 70 cestas básicas para Santa Casa de Resende e Santa Casa de Macaé recebeu mais de 300 cestas do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob).
Texto: Natália Oliveira
A pandemia da Covid-19 veio reforçar a importância da solidariedade e da empatia. As instituições filantrópicas e sem fins lucrativos têm se dedicado arduamente, desde que foi detectado o primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus no país, a prestar um atendimento de qualidade à população e à salvar vidas, sendo muitas vezes a única opção de unidade de atendimento nas regiões mais vulneráveis do país.
Grande parte dos atendimentos dessas entidades são feitos pelo Sistema Único de Saúde e com o aumento da demanda, os recursos ficaram ainda mais escassos. Esse cenário fez com que essas instituições que já dependem de parcerias e doações para sobreviver no dia a dia, precisassem cada vez mais da solidariedade da população. A crise de saúde pública que veio com a pandemia, fez com que muitas empresas se mobilizassem para ajudar e esse apoio está sendo muito importante para os afiliados da Femerj.
Eurofarma doou 70 cestas básicas para Santa Casa de Resende
A Eurofarma, multinacional farmacêutica de capital 100% brasileiro e com presença própria em 20 países, tem feito várias ações de ajuda humanitária no combate ao coronavírus. A empresa criou o programa “Prato Cheio”, que tem como objetivo entregar cestas básicas para instituições como asilos, orfanatos e entidades sem fins lucrativos. As doações começaram no final de agosto e a multinacional já destinou mais de R$ 1,3 milhão para a montagem de mais de 23 mil cestas básicas por todas as regiões do Brasil.
As instituições que receberam as doações foram indicadas por médicos visitados pela equipe de vendas da Eurofarma. Ao todo, 263 profissionais de saúde indicaram um local para receber os alimentos. A Santa Casa de Misericórdia de Resende, filiada à Femerj, recebeu 70 cestas básicas desse projeto. A entidade foi indicada pelo vendedor Olégario Rafael. As cestas básicas, compostas de 14 itens, somam cerca de quatro mil reais.
O diretor da Santa Casa de Resende, Luiz Eduardo Saldanha, disse que a ajuda representa uma boa economia na compra de alguns alimentos básicos, como arroz, feijão e óleo. “Alguns itens suprem pelo menos 3 meses nosso estoque para refeições de funcionários e pacientes”, explicou o responsável pela unidade de saúde.
Iniciativa da Sicoob contempla Santa Casa de Macaé com mais de 300 cestas básicas
A Irmandade de São João Batista de Macaé, conhecida por muitos como Santa Casa de Macaé, recebeu no mês de agosto mais de 300 cestas básicas da cooperativa de crédito Sicoob. As cestas foram destinadas aos pacientes
do Programa de Assistência Oncológica e internação hospitalar da unidade de saúde. Para a diretoria do hospital, ações como essa que demonstram empatia e caridade são muito importantes em momentos de crise, quando as pessoas estão mais fragilizadas.
“Nesse momento de vulnerabilidade que toda a sociedade vive, essa ação da Sicoob é um exemplo de solidariedade e compaixão e vai fazer com que famílias que enfrentam vários problemas passem para uma situação muito mais confortável. Ver familiares e pacientes enfrentarem o câncer a gente até consegue, mas enfrentar a fome, já é um pouco mais difícil. Então, é um exemplo enorme que deve ser seguido. Nós precisamos de uma sociedade menos indiferente e com mais compaixão”, afirmou Sávio Mussi, diretor administrativo.
O Hospital São João Batista vem atuando durante a pandemia da Covid-19 como hospital de retaguarda no tratamento de saúde pública e suplementar. A unidade ficou responsável por atender os pacientes com câncer, doenças cardiovasculares, fazer internações clínicas e realizar cirurgias de alta complexidade como as ortopédicas, possibilitando que o hospital municipal direcionasse toda a assistência para pacientes infectados com o novo coronavírus.
Com o aumento da demanda, foram reduzidos os atendimentos para usuários de planos de saúde, o que fez com que a unidade passasse por dificuldades financeiras. O diretor geral, Vinícius Antunes, afirmou em entrevista à Record que as doações e o cuidado que o hospital recebe tanto de pessoas anônimas, quanto de pacientes que passaram pela unidade e de instituições, empresas e organizações são essenciais.
90% dos pacientes atendidos da unidade, são pacientes oncológicos. Nos últimos seis anos a Irmandade realizou 15.380 consultas médicas especializadas, 8.448 sessões de quimioterapia e 1.081 cirurgias. Com a pandemia e o atraso nos diagnósticos de câncer, a direção se preocupa com a demanda reprimida de casos da doença, que devem gerar um grande impacto no futuro, mas conta com a solidariedade de todos para manter os atendimentos.