A pandemia de Covid-19 tem atingido números ainda mais assustadores nas últimas semanas. A cada dia que passa, assistimos o país bater novos recordes de mortes pelo novo coronavírus. Ontem, pela primeira vez, ultrapassamos a média móvel de 2 mil mortes diárias. Essas duas mil pessoas têm rostos, histórias e famílias. Só quem perdeu alguém vítima da Covid, sabe o que é esse sofrimento. Ninguém aguenta mais, o Sistema de Saúde Pública está em colapso, os profissionais de saúde estão esgotados. Precisamos agir.
Apesar de já ser conhecido que apenas a vacinação, a adoção de medidas restritivas e o comprometimento da população com o uso de máscara e de álcool gel podem reduzir essa curva, o que vemos diariamente é um descompromisso com a vida. É preciso que a sociedade civil se mobilize nessa luta e cobre dos governantes medidas rígidas e baseadas em estudos científicos, nesse que é o pior momento da pandemia.
Diante desse cenário, foi lançado hoje o manifesto “Rio Pela Vida – Mobilização contra a Covid-19”. A ideia é alinhar os barcos numa mesma direção, para que pessoas e instituições, cada uma a seu modo, possam contribuir para a travessia rumo a um momento melhor, com mais vacinas e o controle da pandemia. Os governadores lançaram um Pacto pela Vida, o CONASS divulgou uma Carta propondo medidas de impacto, cientistas produzem alertas diários e uma nova postura da sociedade ganha corpo.
De acordo com o manifesto, “o estado do Rio de Janeiro há de se apresentar com toda a sua potência, unindo instituições e lideranças culturais, religiosas, políticas, comunitárias, sindicais, empresariais, científicas e os profissionais de saúde, para enfrentarmos a catástrofe com determinação”. A Femerj e o Sindfiberj estão apoiando este movimento e unidos com todas as instituições e com toda a população nessa campanha pela vida.
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“O manifesto Rio pela Vida é um apelo pela sensibilização de governos e cidadãos quanto à necessidade de medidas urgentes e duras no sentido de conter a propagação do coronavírus no Rio de Janeiro. Esperar termos 100% de ocupação para endurecer as medidas é no mínimo ser negligente. Ou tomamos essas medidas agora ou iremos chorar sobre caixões”, afirmou o presidente da Femerj, Marcelo Hernandes Perello.
A proposta do “Rio pela Vida” é um pacto local, a ser perseguido no estado do Rio de Janeiro com a participação dos municípios e da sociedade civil em torno de uma agenda que seja capaz de salvar vidas e controlar a disseminação do SARS COV-2. Para isso, o manifesto estabelece prioridades urgentes a serem adotadas:
- Adoção de medidas mais rígidas sobre a circulação de pessoas, garantindo o funcionamento dos serviços essenciais e a fiscalização rigorosa das ações restritivas e a proibição das aglomerações de pessoas
- Deflagração de uma grande campanha de distribuição e uso adequado de máscaras, bem como, da prática do distanciamento social
- Ampliação da realização de testagem e rastreamento de casos, viabilizando condições para o isolamento quando necessário
- Compromisso de todos com o retorno do Auxílio Emergencial e retomada das ações de doação de alimentos, material de higiene e recursos financeiros para as populações vulnerabilizadas
- Implementação de medidas regulatórias e de fiscalização para a eliminação da superlotação dos transportes públicos
- Instalação de um grupo multiprofissional de monitoramento da pandemia, formado pelas instituições científicas, com participação de lideranças da sociedade civil
- Mobilização dos maiores esforços públicos e privados na preparação das escolas para seu funcionamento com ensino remoto, até que as condições epidemiológicas e de estrutura das escolas permitam o funcionamento presencial
- Preparação e execução de um plano de comunicação pública que alcance amplamente todos os segmentos da sociedade, com informações seguras para a proteção da vida;
- Fortalecimento do SUS, através da garantia de qualidade das ações da atenção primária, urgência e emergência e atenção especializada e hospitalar, tendo como prioridade a proteção dos trabalhadores de saúde, no setor público e na rede privada;
- Envidar todos os esforços para a aceleração e ampliação da vacinação de toda a população, a retomada do convívio das famílias e a recuperação econômica e social do estado.
Além disso, o manifesto também propõe a criação de uma coordenação executiva visando a harmonização das intenções e propostas apresentadas, induzindo o engajamento crescente e a instalação de outras instâncias de controle e participação social. Para o presidente do Sindfiberj, Edmilson Damasceno, juntos somos melhores e mais fortes:
“A vida é o que fazemos dela! Faça a diferença, seja solidário, acredite na vida, na vacina. Nossa sina jamais será morrer a míngua enquanto uma mão amiga vier nos socorrer. Nós do Sindifiberj e da Femerj manifestamos nosso integral apoio ao movimento “Rio pela Vida”, entendendo a importância do engajamento de cada um de nós ”, reforça Edmilson.
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Conheça a íntegra do manifesto “Rio pela Vida”
“O Brasil não pode mais assistir ao avanço de uma pandemia que ceifa vidas numa velocidade alucinante. A vacinação universal está no horizonte, mas a espera se torna insuportável. O tempo desta travessia é conhecido, questão de meses, mas o caminho a percorrer é duríssimo, exige o máximo de nós.
Os governadores lançaram um Pacto pela Vida, o CONASS divulgou uma Carta propondo medidas de impacto, cientistas e profissionais produzem alertas diários e uma nova postura da sociedade começa a ganhar corpo.
O estado do Rio de Janeiro há de se apresentar com toda a sua potência, unindo instituições e lideranças culturais, religiosas, políticas, comunitárias, sindicais, empresariais e, em especial, as científicas e os profissionais de saúde, para enfrentarmos tudo isso com determinação.
O Pacto anunciado deve ser aplicado aqui no estado com a participação da sociedade civil em torno de uma agenda que seja capaz de salvar vidas e controlar a disseminação do SARS COV-2. Quase tudo já foi dito, mas precisamos alinhar os barcos numa mesma direção, para que pessoas e instituições, cada uma a seu modo, possam contribuir para o objetivo comum desta travessia rumo a um momento melhor, que está próximo, com mais vacinas e o controle da pandemia.
Para isso, apresentamos as seguintes prioridades para que autoridades públicas e agentes da sociedade possam traduzi-las em ações urgentes:
1. Adoção de medidas mais rígidas sobre a circulação de pessoas, garantindo o funcionamento dos serviços essenciais e a fiscalização rigorosa das ações restritivas e a proibição das aglomerações de pessoas;
2. Deflagração de uma grande campanha de distribuição e uso adequado de máscaras, bem como, da prática do distanciamento social;
3. Ampliação da realização de testagem e rastreamento de casos, viabilizando condições para o isolamento quando necessário;
4. Compromisso de todos com o retorno do Auxílio Emergencial e retomada das ações de doação de alimentos, material de higiene e recursos financeiros para as populações vulnerabilizadas;
5. Implementação de medidas regulatórias e de fiscalização para a eliminação da superlotação dos transportes públicos;
6. Instalação de um grupo multiprofissional de monitoramento da pandemia, formado pelas instituições científicas, com participação de lideranças da sociedade civil;
7. Mobilização dos maiores esforços públicos e privados na preparação das escolas para seu funcionamento com ensino remoto, até que as condições epidemiológicas e de estrutura das escolas permitam o funcionamento presencial;
8. Preparação e execução de um plano de comunicação pública que alcance amplamente todas os segmentos da sociedade, com informações seguras para a proteção da vida;
9. Fortalecimento do SUS, através da garantia de qualidade das ações da atenção primária, urgência e emergência e atenção especializada e hospitalar, tendo como prioridade a proteção dos trabalhadores de saúde, no setor público e na rede privada;
10. Envidar todos os esforços para a aceleração e ampliação da vacinação de toda a população, a retomada do convívio das famílias e a recuperação econômica e social do estado.
Por fim, propõe-se uma coordenação executiva visando a harmonização das intenções e propostas aqui apresentadas, induzindo o engajamento crescente e a instalação de outras instâncias de controle e participação social.”