Lote será distribuído para hospitais onde o estoque estava mais baixo. Mais de 300 mil unidades de Propofol, Atracúrio e Rocurônio foram importadas da Índia e novas remessas chegarão nos próximos dias ao país.
Fonte: CMB
Chegou ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na última quarta-feira (26), a primeira leva de Atracúrio, medicamento que integra o chamado “kit intubação” e que foi importado pelos hospitais filantrópicos e Santas Casas. A operação, inédita, foi coordenada pela Confederação das Santas Casas e Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), em parceria com as Federações Estaduais. O lote com 28.825 unidades do medicamento vai ser distribuído para 27 instituições. No total, 320 mil unidades de Propofol, Atracúrio e Rocurônio foram importadas da Índia e 94 hospitais participaram dessa compra. Novos lotes devem chegar nos próximos dias.
O processo de importação que uniu esforços do setor filantrópico de saúde. “A primeira importação contempla especialmente as instituições com maior escassez, em regiões onde os índices de internação continuam altos, mas é apenas um fôlego inicial”, afirmou o presidente da CMB, Mirocles Véras. Mesmo tendo chegado ao país, os produtos importados ainda podem levar até 20 dias para abastecer os hospitais contemplados. Até lá, os esforços diários junto à indústria nacional continuam, assim como o compartilhamento regional de medicamentos para que os pacientes continuem amparados.
Veja o drama dos hospitais filantrópicos devido a falta de medicamentos do “kit intubação”
A CMB segue com novos acordos e contratos para contemplar mais instituições e disponibilizar um maior volume desses medicamentos que são essenciais para o tratamento da Covid-19. As negociações com a Grécia também estão adiantadas e a Anvisa se comprometeu a auxiliar para que nada atrase o recebimento e a efetiva distribuição dos itens assim que eles chegarem ao Brasil.
“É a primeira compra coletiva e importação conjunta do setor. As providências são urgentes e estamos atuando em várias frentes para amenizar o sofrimento dos administradores hospitalares, profissionais de saúde e pacientes que convivem com a incerteza do abastecimento adequado”, conclui o presidente da CMB.