Formação reconhecida internacionalmente vai acontecer nos dias 02 e 03 de setembro de forma totalmente virtual. Você que é médico ou enfermeiro e atua no Rio de Janeiro, não perca tempo: inscreva-se. As vagas são limitadas.
Equipe de Comunicação – fonte: GBCR
A Femerj fez uma parceria com Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR) para oferecer aos profissionais de saúde o Curso de Classificação de Risco pelo Sistema Manchester. O Sistema é referência em todo o mundo, por permitir a identificação da prioridade clínica e a definição do tempo recomendado para a avaliação médica de cada paciente, de forma confiável, segura e validada cientificamente. A metodologia, além de ser coerente e respeitar as boas práticas da urgência e emergência, é passível de auditoria, o que contribui para o aprimoramento do processo de gestão dos hospitais. No Brasil, o GBCR é a única instituição licenciada para realizar o curso e para utilizar os direitos autorais do Protocolo de Manchester.
O curso vai acontecer de forma 100% virtual, na plataforma Zoom, nos dias 2 e 3 de setembro. A formação é direcionada para médicos e enfermeiros do Rio de Janeiro com registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) ou COREN (Conselho Regional de Enfermagem). Acadêmicos de enfermagem e de medicina também podem realizar o curso, mas devem aguardar o registro no conselho para praticar o método. Para participar você precisa se inscrever até o dia 16 de agosto (segunda-feira) e as vagas são limitadas. Confira abaixo o valor do investimento.
Serão dois dias de curso e, durante às aulas, o participante deverá estar totalmente dedicado à atividade. Ou seja, não é possível fazer o curso e estar de plantão ao mesmo tempo. No primeiro dia, os alunos assistirão ao módulo “Gestão da Urgência e Emergência a partir da Classificação de Risco”, que terá quatro horas de duração: de 14h às 18h. No segundo dia, serão oito horas de aula (de 8h às 17h), com o tema “Classificador do Protocolo de Manchester”. Após a capacitação o aluno terá 72 horas para acessar a plataforma de ensino a distância e realizar exercícios, avaliação final e pesquisa de satisfação. Aqueles que participarem também receberão o livro do Protocolo de Manchester e, ao final, os alunos aprovados receberão um Certificado reconhecido internacionalmente para atuarem como classificadores de risco.
Quem vai ministrar o curso?
Maria do Campo Paixão Rausch: Médica, pediatra, epidemiologista, diretora do Grupo Brasileiro de Classificação de Risco e Membro do Grupo Internacional de Referência do Sistema Manchester de Classificação de Risco.
Paula Tássia Barbosa Rocha: Enfermeira especialista em Trauma e Emergências. Membro do Grupo Brasileiro de Classificação de Risco e membro do Grupo de Referência Internacional do Sistema Manchester de Classificação de Risco.
Inscrição e Investimento
Não deixe de aproveitar essa oportunidade! Para se inscrever basta preencher o formulário, que a equipe da Femerj entrará em contato. Em caso de dúvidas, entre em contato através do email [email protected].
O valor da inscrição por aluno será de R$ 600,00 e o pagamento deverá ser feito pelo link da plataforma PagSeguro.
Classificação de Risco pelo Sistema Manchester
A atenção aos pacientes em situação de urgência e emergência é um dos principais problemas enfrentados pelos sistemas de saúde no mundo: com a superlotação de prontos-socorros, dificuldade de internação dos pacientes, transporte sanitário desorganizado e acúmulo de pacientes de baixo risco nesses serviços. O que vemos é a fragmentação do sistema de saúde, caracterizado por uma atenção primária pouco resolutiva para as condições crônicas e, menos ainda, para as condições agudas.
Tudo isso tem como consequência um tempo de espera prolongado por atendimento, uma equipe sobrecarregada e pacientes insatisfeitos, além do aumento de eventos adversos e da diminuição da produtividade. A adoção de um sistema de classificação de risco como o Protocolo de Manchester, beneficia os usuários do Sistema de Saúde, reduzindo mortes evitáveis e induzindo ao aprimoramento dos fluxos internos dos hospitais.
De acordo com o GBCR, um sistema de classificação de risco deve ter como objetivo principal priorizar o doente conforme a gravidade clínica em que ele se apresenta ao dar entrada no serviço de saúde. Para isso, é necessário substituir o modelo que, na maioria das vezes, organiza os pacientes por ordem de chegada ou mesmo por uma triagem realizada por profissional não capacitado, e adotar, no lugar disso, uma metodologia confiável, com embasamento técnico e científico.
O Protocolo de Manchester é baseado em categorias de sinais e sintomas e contém 55 fluxogramas, que serão selecionados a partir da situação apresentada pelo paciente. Cada fluxograma contém discriminadores previamente definidos que orientarão a coleta e análise de informações para a definição da prioridade clínica. O paciente é então classificado em uma das cinco prioridades identificadas por número, nome, cor e tempo alvo para a observação médica inicial:
O Sistema de Manchester foi implantado pela primeira vez na cidade de Manchester, na Inglaterra, em 1997. Desde então, é adotado como padrão em vários hospitais do Reino Unido e, a partir dos anos 2000, em países como Áustria, Alemanha, México, Noruega, Portugal, Espanha, Suíça, Bélgica, Holanda, Itália e no Brasil. Além de ser uma ferramenta de gestão de risco clínico robusta e passível de auditoria, o sistema serve de base para toda a organização dos serviços de urgência e emergência das instituições, e não para de evoluir, incorporando atualizações com base em evidências científicas.
É bom lembrar que a implementação do Sistema de Manchester está condicionada à aceitação formal por parte da unidade de saúde do Protocolo como padrão de trabalho e das diretrizes determinadas pelo GBCR.