Nova edição do projeto quer arrecadar mais R$100 milhões de reais para continuar ajudando hospitais na compra de equipamentos e EPIs durante a pandemia. Esse ano os recursos serão direcionados também para a vacinação contra a Covid. Saiba quem pode doar!
Natália Oliveira
O BNDES iniciou no mês passado a segunda etapa da campanha “Salvando Vidas”, que em 2020 arrecadou mais de R$ 100 milhões de reais para apoiar a linha de frente de combate à pandemia da Covid-19. Todo o valor foi repassado para 779 hospitais públicos e filantrópicos localizados em mais de 600 municípios do país. Os recursos foram destinados à compra de materiais como álcool em gel (+ de 200 mil unidades), aventais ( + de 15 milhões), luvas (+ de 38 milhões), máscaras (+ de 2 milhões), toucas (+ de 1 milhão), além de equipamentos como ventiladores pulmonares e cilindros de oxigênio.
Como a pandemia ainda não acabou, a ideia da diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é arrecadar mais R$ 100 milhões de reais nessa nova etapa. A segunda fase do “Salvando Vidas” deve durar 12 meses, ou seja, até junho de 2022. Desta vez, o objetivo é captar recursos junto a pessoas jurídicas (empresas, governos e instituições da sociedade civil) e continuar ajudando os hospitais não só na compra de equipamentos de proteção individual e de equipamentos, mas também na vacinação da população, possibilitando, por exemplo, a compra de refrigeradores de vacinas. Também há a intenção de direcionar recursos para o tratamento de pessoas que precisem de acompanhamento pós-Covid.
A iniciativa, conta com o apoio da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), que centraliza as demandas e a distribuição entre os hospitais; da Sitawi Finanças do Bem, que faz a gestão dos recursos financeiros; e da Bionexo do Brasil e Ernst & Young (EY), que disponibiliza sua plataforma de tecnologia a cotação de preços junto aos fornecedores. O BNDES disponibilizará R$ 50 milhões em recursos do Fundo Socioambiental do Banco, que serão usados para dobrar cada real doado pela iniciativa privada. A cada R$ 1 doado, o Banco coloca mais R$ 1, assim como aconteceu na primeira fase da campanha. O valor mínimo que pode ser doado pelas empresas é de 100 mil reais. Quem quiser contribuir deve entrar em contato diretamente com a Sitawi Finanças do Bem.
A expectativa é que o “Salvando Vidas “ possa ajudar mais de 700 instituições de saúde em todas as regiões do país e dar força para que elas continuem a combater a Covid-19. Para mais informações acesse o site do programa ou entre em contato através do email [email protected].
Filantrópicos Beneficiados
No ano passado, na primeira fase da campanha Salvando Vidas, a meta de R$ 100 milhões foi atingida pelo financiamento coletivo, beneficiando 779 hospitais. Mas, as doações não pararam por aí, e continuaram a ser recebidas diretamente na gestora financeira do projeto. De acordo com a última lista divulgada pela CMB, 804 instituições filantrópicas do Brasil foram beneficiadas até o momento.
Veja como foi a entrega das doações aos hospitais afiliados à Femerj beneficiados pela campanha
Os hospitais filantrópicos e Santas Casas são responsáveis por 50% dos atendimentos de média complexidade e 70% dos atendimentos de alta complexidade no país. Em muitas regiões, essas instituições são as únicas que garantem assistência em saúde para as populações mais vulneráveis. No enfrentamento à pandemia, os filantrópicos tiveram e continuam desempenhando um papel fundamental na linha de frente de combate à Covid-19. As doações da Campanha Salvando Vidas foram essenciais para garantir a sustentabilidade desses hospitais, para que, de fato, muitas vidas pudessem ser salvas.
No ano passado, o “Salvando Vidas” foi considerado pela Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras de Desenvolvimento como a iniciativa mais inovadora durante a crise da pandemia em toda a América Latina.
A Femerj apoia o projeto, parabeniza todos os envolvidos e se coloca à disposição para contribuir com a iniciativa.